Rússia, China e Índia criarão alternativa ao SWIFT para conectar 3 bilhões de pessoas

Rússia, China e Índia criarão alternativa ao SWIFT para conectar 3 bilhões de pessoas

Rússia, Índia e China, membros do bloco comercial BRICS, decidiram conectar seus sistemas de transações financeiras para contornar a rede internacional de transferência de dinheiro SWIFT.

O sistema de transferência de mensagens financeiras (SPFS) do Banco da Rússia será ligado ao sistema chinês de pagamento internacional (CIPS).

Nova Deli planeja combinar a plataforma do Banco Central da Rússia com um serviço doméstico em desenvolvimento, embora ainda não tenha um sistema de mensagens financeiras próprio.

Espera-se que o novo sistema funcione como um modelo de “porta de entrada” quando as mensagens sobre pagamentos são transcodificadas de acordo com um determinado sistema financeiro.

Desconectação do SWIFT

As partes envolvidas trabalharão em uma única plataforma, sem dificuldades com as transações, segundo o jornal Izvestia.

Em 2014, Moscou iniciou o desenvolvimento do SPFS em meio às ameaças de Washington de desconectar o país do SWIFT.

“Temos a oportunidade de conectar bancos estrangeiros e pessoas jurídicas estrangeiras ao SPFS. Hoje, cerca de 400 usuários estão participando do sistema. Já foram concluídos acordos com oito bancos estrangeiros e 34 pessoas jurídicas”, disse Alla Bakina, diretora do sistema nacional de pagamentos do Banco da Rússia, citada por Vesti.

Bakina explicou que o tráfego através do sistema vem crescendo e atualmente corresponde a uns 15% de todo o tráfego interno, acima dos 10%-11% de 2018.

O Irã, que aderiu oficialmente à zona de livre comércio liderada pela Rússia neste mês de outubro, também procura desenvolver uma alternativa conjunta ao SWIFT. Os países da União Econômica Eurasiática (UEE) estão atualmente trabalhando com o Banco da Rússia em opções técnicas para conexão com o SPFS.

Moscou e Teerã utilizarão, em vez do SWIFT, os seus próprios sistemas de mensagens financeiras desenvolvidos internamente para realizar transações comerciais, facilitando, assim, pagamentos transnacionais entre 11.000 instituições financeiras em mais de 200 países em todo o mundo.

Fonte:Sputnik