1 – A Guerra durou 1418 dias
Os russos consideram o início daquela que chamam a Grande Guerra Patriótica no dia 22 de junho de 1941. Durou 3 anos, 10 meses e 18 dias ou 1418 dias e noites. A batalha mais longa foi a Batalha de Leningrado, que durou 1126 dias. Destes, 871 dias foram gastos no bloqueio da cidade.
- Mais de 7 milhões de pessoas participaram da Batalha de Moscou
Esse foi o total de pessoas na Batalha de Moscou (30 de setembro de 1941 – 20 de abril de 1942). Para efeito de comparação, a operação de Berlim, contou com a presença de 4 milhões de pessoas.
- 26,6 milhões de soviéticos morreram na guerra
Após o fim da guerra, Stalin disse que o número “oficial” de mortos durante as hostilidades foi de 7 milhões. Os cálculos reais da população morta começaram apenas no final da década de 1980, mas a questão do número real permanece em aberto até hoje. De acordo com dados modernos do Ministério da Defesa da Federação Russa, durante a Guerra as perdas humanas totais na URSS chegaram a cerca de 26,6 milhões de pessoas, das quais cerca de 12 milhões eram militares. Ao mesmo tempo, de acordo com fontes não oficiais, o número de mortos durante os anos de guerra pode chegar a 43 milhões.
- Foram mais de 2,5 trilhões de rublos em danos materiais
De acordo com dados oficiais, os danos materiais causados pela guerra à URSS totalizaram mais de 2,5 trilhões de rublos em preços anteriores à guerra. Isso é cerca de 30% da riqueza nacional da URSS, e nas regiões sujeitas à ocupação – cerca de 65%. Durante a Guerra 1710 cidades e cerca de 70 mil aldeias e vilas foram completamente destruídas.
- Mais de 1 milhão de pessoas receberam a medalha “Pela captura de Berlim”
Entre eles estão os marechais da União Soviética Georgy Zhukov e Ivan Konev. A maioria dos prêmios foi entregue nos primeiros três anos após o fim da guerra. Vale ressaltar que até 1951, a medalha e o certificado dela após o falecimento do destinatário eram devolvidos ao Estado.
Posteriormente, os familiares puderam guardar como lembrança a medalha “Pela captura de Berlim”.
6 – 57 600 prisioneiros de guerra alemães foram mantidos em Moscou
Em 17 de julho de 1944, cerca de 57 mil soldados e oficiais alemães marcharam pelas ruas de Moscou. A marcha dos alemães capturados foi chamada de “Desfile dos Vencidos”. Os prisioneiros foram divididos de acordo com as fileiras: à frente da coluna estavam duas dúzias de generais da Wehrmacht, seguidos por oficiais, depois oficiais subalternos e, finalmente, soldados comuns. Os prisioneiros foram conduzidos do hipódromo de Moscou ao centro da cidade, onde a coluna se dividiu e suas duas partes seguiram ao longo do Anel do Jardim em direções opostas. A propósito, 35 anos depois, em 1979, na Canção do Fim da Guerra, Vladimir Vysotsky mencionou o desfile com a frase: “Moscou olhou para baixo para os prisioneiros das janelas.”
7 – Por 17 anos, o Dia da Vitória não foi celebrado
A primeira comemoração do Dia da Vitória, realizada em 9 de maio de 1945, foi em grande escala, mas incomparável com as atuais. E o já tradicional Desfile da Vitória aconteceu na Praça Vermelha apenas em 24 de junho de 1945. Até 1947, o dia 9 de maio era feriado e era acompanhado de shows e fogos de artifício. No entanto, após esta celebração, o Dia da Vitória foi cancelado e, durante 17 anos, este dia tornou-se um dia normal de trabalho.
Depois disso, o 9 de maio foi comemorado em grande escala apenas em 1965.
8 – 250 mil marcos alemães por Levitan
O famoso locutor Yuri Levitan se tornou um dos símbolos da Grande Guerra Patriótica. Sua voz elevou o espírito de luta do povo soviético, que categoricamente não agradava à elite nazista, tanto que foi prometida uma recompensa de 250 mil marcos para a cabeça do locutor (segundo outras fontes, 100 mil marcos). As autoridades soviéticas protegeram Levitan ativamente e deixaram desinformações sobre a aparência do locutor passar por meio da mídia.
9 – 80 mil dos soldados foram mulheres
O papel das mulheres no campo de batalha na Grande Guerra Patriótica foi colossal. Durante os anos de guerra, de 600 mil a 1 milhão de mulheres lutaram no front com armas nas mãos, 80 mil delas eram oficiais. De mulheres voluntárias, foram formados regimentos de aviação, brigadas de rifle e reconhecimento e uma companhia feminina de marinheiros. Durante a guerra, 87 mulheres receberam o prêmio de Herói da União Soviética.
10 – 5 dos que ganharam a condecoração de herói eram crianças
As crianças também lutaram por sua pátria. Para o serviço militar, dezenas de milhares de crianças receberam ordens e medalhas, cinco delas receberam o prêmio de Herói da União Soviética: Lenya Golikov de 14 anos e Sasha Chekalin, bem como Marat Kazei de 15 anos, Valya Kotik e Zina Portnova. Como as crianças eram principalmente batedores guerrilheiros, seu destino foi trágico: muitos jovens participantes da guerra morreram em batalhas ou foram executados pelos alemães e, portanto, foram condecorados postumamente.
11 – 60 mil cães serviram no exército
Os animais também desempenharam um papel importante na Grande Guerra Patriótica. Durante toda a guerra, mais de 60 mil cães serviram em diferentes frentes. Os cães ajudaram a limpar mais de 300 assentamentos, e ajudaram a transportar rapidamente os feridos do campo de batalha para os hospitais. Um cão chamado Julbars se tornou bastante famoso na Rússia pelo seu serviço (encontrar 7.468 minas e mais de 150 bombas).
12 – 350 camelos militares
O 28º Exército de Reserva, formado em Astrakhan durante as batalhas de Stalingrado, lutou ao lado de camelos que ajudavam no transporte de armas e alimentos. Os soldados soviéticos tiveram que capturar e domar animais selvagens devido a uma aguda escassez de equipamentos automotivos e cavalos. Os camelos mais famosos Mishka e Mashka chegaram a Berlim com soldados e depois da vitória ficaram lá no zoológico local.
12 – 4 vagões de gatos foram trazidos de Yaroslav para Leningrado
Durante a guerra, os gatos viviam em trincheiras e lutavam contra ratos e camundongos. Mas eles desempenharam um papel especial na história do cerco de Leningrado. Em 1943, depois que o bloqueio foi quebrado, levaram comida e coisas necessárias, 4 vagões de gatos listrados foram trazidos de Yaroslavl para a cidade. Depois de anos de fome, Leningrado foi inundada com ratos, com os quais as pessoas não conseguiam lidar, mas acabaram ficando ao alcance dos gatos. Em 1945, mais cerca de 5 mil gatos foram trazidos para a cidade, mas desta vez da Sibéria. Monumentos foram erguidos na moderna São Petersburgo para homenagear os ajudantes bigodudos e, em Tyumen, em 2008, a Praça dos Gatos Siberianos foi inaugurada.
13 – 5 milhões e 270 mil soldados do Exército Vermelho foram capturados pelos alemães
Isso também é evidenciado pelas estatísticas: menos de dois milhões de soldados voltaram do cativeiro para sua terra natal. Somente no território da Polônia, de acordo com as autoridades polonesas, estão enterrados mais de 850 mil prisioneiros de guerra soviéticos que morreram em campos nazistas.
O principal raciocínio por trás desse comportamento por parte do lado alemão foi a recusa da União Soviética em assinar as Convenções de Haia e Genebra sobre Prisioneiros de Guerra. Isso, segundo as autoridades alemãs, permitiu à Alemanha, que já havia assinado ambos os acordos, não regulamentar as condições para manter prisioneiros de guerra soviéticos com esses documentos. No entanto, de fato, a Convenção de Genebra regulamentou o tratamento humano dos prisioneiros de guerra, independentemente de seus países assinarem a convenção ou não.
14 – Quase 1 500 000 pessoas morreram durante o bloqueio de Leningrado
Se estivéssemos hoje entre setembro de 1941 e janeiro de 1944, durante o tempo que você passou olhando para esta postagem, 3 pessoas já teriam morrido de fome, doenças ou explosões em Leningrado.
15 – 127 milhões de habitantes permaneceram na URSS após a guerra
16 – 10 anos de “guerra” após a vitória
Tendo aceitado a rendição, a URSS não tinha pressa em assinar a paz com a Alemanha. Portanto, os dois países permaneceram formalmente em guerra.
O decreto “Sobre o fim do estado de guerra entre a União Soviética e a Alemanha” foi assinado pela URSS apenas 10 anos após a rendição da Alemanha nazista, em 25 de janeiro de 1955.