Pesquisadores brasileiros terão a oportunidade de trabalhar em instalações avançadas de ciência na Rússia, anunciou o Ministério da Educação e Ciência russo
O Ministério da Educação e Ciência da Federação da Rússia sugeriu que os pesquisadores brasileiros reforcem a cooperação científica com a Rússia, incluindo no âmbito do BRICS. Por meio do adensamento da cooperação bilateral, os pesquisadores brasileiros terão a oportunidade de trabalhar em instalações avançadas de ciência na Rússia.
Uma rede de instalações de pesquisa avançada, chamada “megaciência”, está sendo criada na Rússia. Ela inclui o reator nuclear de alto fluxo PIK; a fonte de fótons em anel, na região de Novosibirsk; a fonte de radiação síncrotron de quarta geração SILA na região de Moscou; e o acelerador NICA no Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear em Dubna. Algumas instalações de pesquisa estarão prontas para operação já em 2024.
“Todas essas instalações empregarão pesquisadores do exterior, e poderão se tornar um destino para cientistas do Brasil. Vamos organizar visitas de estudo às instalações da infraestrutura em construção como parte da presidência russa do BRICS no próximo ano”, anunciou Valery Falkov, Ministro da Educação e Ciência, durante uma reunião bilateral com Inácio Arruda, vice-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil.
As conversas aconteceram às margens da reunião de ministros de Ciência, Tecnologia e Inovação do BRICS.
O Ministro russo convidou a delegação brasileira para discutir a cooperação bilateral em dois grandes eventos a serem realizados na Rússia neste ano, o Fórum Econômico Oriental em Vladivostok, e o III Congresso de Jovens Cientistas em Sochi.
Falkov também delineou as direções gerais nas quais se espera fortalecer a cooperação entre cientistas russos e brasileiros. Essas direções incluem, em particular, a melhoria da infraestrutura de pesquisa, a realização de pesquisas aplicadas, incluindo em microeletrônica e tecnologias nucleares civis, o desenvolvimento de atividades aeroespaciais, e a realização de pesquisas climáticas.
(Fonte: Sputnik Brasil)