O presidente da Rússia, Vladir Putin, afirmou nesta terça-feira que um “crime como o Holocausto não deve se repetir”, em discurso realizado no Museu Judaico e Centro da Tolerância de Moscou, por ocasião do 70º aniversário da libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau, na Polônia.
“Um crime como o Holocausto não deve se repetir. E este é nosso dever comum e, sem exagerar, a tarefa mais importante e de maior atualidade de toda a comunidade internacional”, disse o chefe do Kremlin, segundo as agências russas.
A história “nos mostra os limites terríveis que a humanidade pode chegar pelas aspirações de domínio mundial, as tragédias conduzidas pelas tentativas de pressionar com a força Estados soberanos e de menosprezar seus direitos”, acrescentou.
“E, certamente, todos sabemos quão perigosos e destrutivos são os dois pesos e duas medidas, a indiferença com o destino alheio, como, por exemplo, no caso da atual tragédia no leste da Ucrânia, onde durante meses disparam a sangue frio contra a população civil”, disse Putin.
O presidente russo afirmou que nas últimas décadas ocorreram grandes mudanças na arena internacional, mas que, assim como antes, “circulam pelo mundo ideias marcadas pelo ódio ao ser humano”.
“Seguimos vendo tentativas de fraturar a sociedade por motivos nacionais, raciais e religiosos, assim como manifestações de russofobia e antissemitismo, de intolerância agressiva contra outros povos, outras culturas e outras tradições”, acrescentou.
Em seu discurso, Putin destacou que o protagonismo russo na luta contra o nazismo, já que “70% de todos os soldados do Exército Vermelho, dos oficiais, eram russos”.
“E foi o povo russo que fez os maiores sacrifícios”, disse o chefe do Kremlin, que ao mesmo tempo destacou a grande contribuição dos cidadãos soviéticos judeus que lutaram no Exército Vermelho.
O aniversário da libertação pelo exército soviético do campo de concentração nazista de Auschwitz-Birkenau foi declarado em 2005 pela ONU como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
Neste campo de extermínio, o maior criado pelos nazistas, foram assassinadas 1,1 milhão de pessoas entre entre 1940 e 1945, dos quais 90% eram judeus.
Fonte:Terra