Brasil abre as portas para BRICS com início da 11ª cúpula em Brasília

Brasil abre as portas para BRICS com início da 11ª cúpula em Brasília

Cúpula reunirá os presidentes da Rússia, China, Índia, Brasil e África do Sul, em Brasília, entre os dias 13 e 14 de novembro. O Brasil ocupa a presidência pró-tempore do bloco e buscará obter “resultados concretos” durante a Cúpula.

A 11º Cúpula de Chefes de Estado contará com a presença de todos líderes dos países-membros. Além do anfitrião Jair Bolsonaro, comparecem o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente da China, Xi Jinping, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

A agenda do BRICS é bastante intensa, uma vez que o bloco tem o seu próprio Banco de Desenvolvimento e iniciativas em áreas como comércio, ciência, educação e tecnologia.

Mas o turbulento contexto político atual deve ser incluído na agenda: crises na Bolívia e na Venezuela, protestos em Hong Kong e questão da Caxemira devem ser discutidos, com o objetivo de coordenar a posição do BRICS.

O tema da conferência será “Crescimento Econômico para um futuro inovador”, portanto especial atenção será reservada a temas como o fortalecimento do comércio internacional e a governança multilateral da economia.

De acordo com o embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, o bloco econômico deve conter a onda de unilateralismo e protecionismo comercial, portando-se como um bloco defensor dos países em desenvolvimento, em especial dos mercados emergentes, reportou a Xinhua.

O embaixador adjunto da Rússia em Nova Deli, Roman Babushkin, disse à Sputnik Internacional que há expectativa de avanço no projeto de moeda do BRICS. A moeda poderia ser utilizada nas transações comerciais intrabloco, o que daria mais autonomia para os seus países-membros.

Apesar de previsões de que a administração Bolsonaro reduzisse a importância do BRICS na política externa brasileira, o MRE tem demonstrado empenho no aprofundamento das relações com o grupo. O Itamaraty optou por não convidar membros de fora do BRICS para a cúpula, dizendo querer “concentrar esforços nos temas internos do bloco”, reportou o portal G1.

Encontro bilateral entre Bolsonaro e Putin

De acordo com o Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro também deve se reunir bilateralmente com cada um dos líderes do BRICS.

De acordo com o assessor do presidente russo, Vladimir Putin, Yuri Ushakov, a conversa entre os presidentes deve ser mais aprofundada do que a do primeiro encontro entre os presidentes, realizado em Osaka, no Japão, em junho deste ano.

Para o assessor, dentre os temas da agenda “certamente [estarão] os problemas atuais e regionais, inclusive a situação na Bolívia”.

A capital brasileira está sobre forte esquema de segurança para receber os líderes mundiais: 10 mil militares foram mobilizados para garantir a segurança do evento.

Fonte: Sputnik